As Baratas

As Baratas do Brasil

No Brasil, as espécies mais comuns são a baratinha alemã (Blatella germanica) e a chamada barata de esgoto(Periplaneta americana). A primeira apresenta uma série de características que a torna melhor adaptada à sobrevivência.

Ciclo de vida das Baratas

A baratinha alemã apresenta ciclo de vida curto, atingindo a maturidade sexual em cerca de dois meses, daí reiniciando sua reprodução; outra característica que a torna uma grande campeã de sobrevivência na natureza é o maior número de ovos por estojo (ooteca), com cerca de 32, ou seja, o dobro das baratas americanas ou de esgoto e também proteção à prole mais efetiva (essas baratinhas ao invés das baratas americanas que depositam suas ootecas em frestas, paredes e outros objetos, carregam sua ootecas para protegê-las de serem destruídas). Estudos da Universidade Johns Hopkins (EUA), indicam que as baratas podem ser indutoras de processos asmáticos.

A Periplaneta americana (barata americana), por ser mais suscetível a inseticidas do que a germânica e ter um ciclo de desenvolvimento mais lento, são mais facilmente controláveis. Já a Blattella germanica, apresenta uma série de características que, aparentemente, a torna mais bem adaptada ao meio ambiente como ciclo de vida curto, atingindo a maturidade em cerca de dois meses, daí iniciando sua reprodução; número de ovos por ooteca maior e proteção à prole. Elas também adquirem resistência a inseticidas mais rapidamente que as baratas americanas. Portanto, um controle eficaz dessas, assim como de outras pragas exige o conhecimento de sua biologia, seus hábitos, o estudo dos fatores que propiciam um aumento das populações de pragas, conhecimento dos produtos químicos adequados para seu controle e a maneira correta de aplicação de acordo com cada situação.

Curiosidades Sobre as Baratas

Pessoas, especialmente crianças, que não lavam bem os lábios após a última refeição, podem sofrer com as baratas que vem se alimentar de resquícios de alimento em seus lábios, podendo causar um tipo de erupção dérmica, denominada Herpes blattae. Da mesma maneira os cílios, unhas e ferimentos expostos também estão sujeitos à ação roedora das mandíbulas das baratas.

Blatella germanica: “baratinha de cozinha ou de madeira”, também é conhecida como “francesinha ou paulistinha”, devido as faixas longitudinais claras e escuras que possui em seu dorso lembrando as respectivas bandeiras.

A Blatella germanica é a espécie de mais difícil controle, pois há muito tempo convive com o homem, próximo à sua fonte de alimentação, criando tolerância a diversos inseticidas. Devido as suas proporções é capaz de esgueirar-se por qualquer fenda, suas ninfas completam o seu desenvolvimento em menor tempo (36 dias para ir do estágio de ovo à adulta), sua ooteca possui maior número de ovos, em 300 dias (tempo médio de vida), pode gerar até 300 ovos.

Periplaneta americana: “baratas de esgoto”. Seu ciclo de vida pode chegar em alguns casos a 2,5 anos, produzindo até 810 ovos.

As baratas infestam cozinhas e banheiros devido à elevada temperatura e umidade encontradas nesses ambientes, principalmente em torno de equipamentos geradores de calor (geladeiras, freezers) e sob pias, próximas dos encanamentos.

Para cada barata que se vê a luz do dia, existem em média 50 escondidas, pois passam até 75% do seu tempo abrigadas em seus esconderijos.

A barata pode viver até 15 dias sem água ou alimento e 30 dias somente com água proveniente da evaporação, obtida pela cocção dos alimentos.

As baratas têm dispersão passiva podem adentrar no ambiente transportadas junto às embalagens